quarta-feira, 18 de abril de 2012

A aventura

Era uma vez... um menino chamado Tiago. Ele gostava de passear pela floresta nas manhãs de primavera. 

Numa dessas manhãs, ele convidou o seu amigo Pedro para irem passear pelos bosques, porque o seu amigo tinha uma deficiência motora, o que não o deixava sair muito de casa sozinho, desde que ficou paralítico, devido a uma queda de bicicleta, e andaram, andaram, andaram quando avistaram lá longe uma casinha. Curiosos, apressaram-se e depressa chegaram a casinha. 

Ficaram encantados com a formosura da casa, mas nunca imaginariam que ali morava a família mais antipática da aldeia. 

As crianças ao verem que a casa estava fechada, espiaram pela janela e viram que não havia ninguém. Deram uma volta ao redor da casa e não havia nada nem ninguém... Então, eles pensaram de imediato que não havia ninguém em casa. 

Mas como a casinha era tão bonita, não queriam ir embora sem verem o que estava lá dentro, pois uma casa daquelas nunca estaria no meio de um bosque. E com um forte empurrão do Pedro, conseguiram facilmente abrir a porta, e tal como pensaram, não existia ninguém na casa. 

Na sala havia uma mesa com três pratos cheios de sopa. Os meninos, como já tinham passeado muito, e estavam com fome, decidiram comer as sopas, confiantes de que ninguém ia aparecer tão cedo. 

Depois de terem comido as sopas, e alguns frutos vermelhos que lá existiam, o Tiago, sentou-se na cadeira do senhor; depois, experimentou a cadeira senhora, pois eram cadeiras enormes, e por fim, sentou-se na cadeirinha que deveria ser do filho deles, que era a mais pequenina, bonitinha e muito fofinha de se sentar. Logo que ele se sentou, ela começou a se espreguiçar, começando a ficar com sono. E o Pedro muito entretido a ver o amigo, quase a cair da cadeira, quando de repente...ploft...a pequena cadeirinha partiu-se, e o maroto do Tiago foi ao chão. Os dois amigos riram-se imenso. Como o Tiago estava um pouco ensonado, procurou os quartos, e levou o Pedro consigo, para descansarem um pouco e mais tarde irem embora. Deitou o Pedro na cama dos senhores, e o Tiago deitou-se claro na cama do pequeno filhote, pois era a melhor e mais fofinha e brilhante. As crianças adormeceram, contentes e satisfeitas, pelas brincadeiras que ainda são capazes de fazer juntos, sem serem apanhados. 

Mais tarde, o Tiago ouviu um barulho de uma porta a abrir, e acordou rapidamente o Pedro, que acordou sobressaltado, pois perceberam que afinal aquela casa era habitada, e estavam prestes a serem apanhados. Os meninos ainda mais contentes, pela diversão que estavam a ter. Conseguiram sair da casa, sem que ninguém os visse, mas quando estavam mesmo quase a fechar a porta principal, a senhora da casa viu os meninos a fugir e chamou o senhor, e com a vassoura vinham atrás deles. As crianças puseram-se a correr e andar muito rápido, que conseguiram desviar-se dos senhores antipáticos, e chegar a casa são e salvos. 

Os meninos divertiram-se muito juntos, como nos velhos tempos, e o Pedro percebeu finalmente, que mesmo já não tendo as mesmas condições dos seus amigos, consegue com alguma ajuda, fazer as mesmas coisas e divertir-se tanto, como antes. E ficou ainda mais feliz, quando percebeu que não o tinham deixado sozinho, e que continuavam a ser amigos dele. 

Moral da história: 

Nunca penses que uma pessoa por não ter as mesmas condições que tu tens, não conseguem realizar as mesmas atividades que tu, ou até mesmo divertir-se tanto e ter amigos como tu mesmo. Eles continuam pessoas, continuam a ter a necessidade de receber amor, carinho e atenção. 

Retirada do site http://cantinho_encantado.br.tripod.com/cachinhos_de_ouro.htm e adaptada por Elisabete Silva.



Visite-nos em www.facebook.com/EscolaAlerta ou 

Sem comentários:

Enviar um comentário